Isso não significa deixar de pegar empréstimos, mas evitar taxas altas como a do cartão
Marcel Gugoni, do R7 publicado em 16/06/2011 às 19h23
Os juros mais caros por causa do aumento da Selic não são o fim do mundo para o consumo. A orientação de economistas ouvidos pelo R7 é de que os consumidores não fujam da compra, mas evitem as modalidades mais caras como o cartão de crédito ou o cheque especial.
Pelos números mais recentes da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o rotativo do cartão cobra 239% ao ano, enquanto o limite da conta bancária morde 155% ao ano. O empréstimo das financeiras também é desaconselhado – a taxa pode chegar a 197% ao ano.
Miguel de Oliveira, vice-presidente da associação, afirma que a pesquisa e a comparação devem ser prática comum de qualquer consumidor que vai buscar uma grana emprestada no mercado, seja no crediário de uma loja para trocar os móveis da casa ou na hora de financiar o carro novo.
- A orientação é evitar o longo prazo acima de tudo e comparar muito antes de fechar negócio. Devem ser evitados o cheque especial e o cartão de crédito, que são modalidades muito caras, em que a dívida chega a dobrar de tamanho em seis meses.
Ele aponta o crédito consignado como uma das mais baratas modalidades de crédito disponíveis. Segundo números do próprio BC, a taxa média do consignado, em abril, ficou em 28,1% ao ano.
- Há opções de empréstimos com garantias como imóvel e automóvel, que também têm taxas de juros diferenciadas.
Para Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o cartão é o maior vilão das dívidas. Seis em cada dez famílias paulistanas estavam penduradas no rotativo maio.
- O consumidor tem que saber que há modalidades mais baratas. Ele precisa ter o conhecimento dos juros. A facilidade de obter cartão de crédito é incrível. Mas com o cartão você não vê o quanto gasta no dia a dia, só acompanha na fatura. É uma invenção maravilhosa, mas é caro para quem é descontrolado. O brasileiro precisa aprender a controlar as finanças.
Mas o que a Selic tem a ver com o cartão de crédito? Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. A taxa funciona ainda como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado para financiamentos e empréstimos - que são influenciados também por outros fatores, como o risco de que quem pegou o dinheiro emprestado não pague a dívida.
É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic. Cada banco e financeira define a sua taxa. E é exatamente por isso que os economistas orientam os consumidores a pesquisar bem antes de fechar qualquer negócio.
- A pesquisa, no comércio, é muito importante. O consumidor é esperto ao procurar preços baixos. Esse é o segredo. Com planejamento, o consumidor consegue ver qual a melhor forma de usar o dinheiro sem pagar os maiores juros.
Pelos números mais recentes da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o rotativo do cartão cobra 239% ao ano, enquanto o limite da conta bancária morde 155% ao ano. O empréstimo das financeiras também é desaconselhado – a taxa pode chegar a 197% ao ano.
Miguel de Oliveira, vice-presidente da associação, afirma que a pesquisa e a comparação devem ser prática comum de qualquer consumidor que vai buscar uma grana emprestada no mercado, seja no crediário de uma loja para trocar os móveis da casa ou na hora de financiar o carro novo.
- A orientação é evitar o longo prazo acima de tudo e comparar muito antes de fechar negócio. Devem ser evitados o cheque especial e o cartão de crédito, que são modalidades muito caras, em que a dívida chega a dobrar de tamanho em seis meses.
Ele aponta o crédito consignado como uma das mais baratas modalidades de crédito disponíveis. Segundo números do próprio BC, a taxa média do consignado, em abril, ficou em 28,1% ao ano.
- Há opções de empréstimos com garantias como imóvel e automóvel, que também têm taxas de juros diferenciadas.
Para Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o cartão é o maior vilão das dívidas. Seis em cada dez famílias paulistanas estavam penduradas no rotativo maio.
- O consumidor tem que saber que há modalidades mais baratas. Ele precisa ter o conhecimento dos juros. A facilidade de obter cartão de crédito é incrível. Mas com o cartão você não vê o quanto gasta no dia a dia, só acompanha na fatura. É uma invenção maravilhosa, mas é caro para quem é descontrolado. O brasileiro precisa aprender a controlar as finanças.
Mas o que a Selic tem a ver com o cartão de crédito? Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. A taxa funciona ainda como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado para financiamentos e empréstimos - que são influenciados também por outros fatores, como o risco de que quem pegou o dinheiro emprestado não pague a dívida.
- A pesquisa, no comércio, é muito importante. O consumidor é esperto ao procurar preços baixos. Esse é o segredo. Com planejamento, o consumidor consegue ver qual a melhor forma de usar o dinheiro sem pagar os maiores juros.
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