quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Compras pela internet geram problemas para consumidores

Para evitar prejuízos aos consumidores que realizam compras pela internet, o Procon sempre orienta para que a atenção seja redobrada na hora de fechar um negócio pela internet.
O militar Rogério da Silva Lopes foi uma vítima dos problemas com compras online. Ele comprou um guarda-roupas e pagou metade a vista e o restante no cartão de crédito. No entanto, o móvel que deveria estar montado há 20 dias na casa do consumidor simplesmente não chegou. Já a empresa responsável pela venda, desapareceu. "Depois de dez dias que eu fechei o negócio,
voltei na loja e ela estava fechada, sem nenhum telefone para esclarecimentos", contou.
No endereço onde a loja funcionava, a fachada foi mantida, mas o interior do estabelecimento está vazio. No último contato feito pelo consumidor com o grupo representante da fábrica, em Uberlândia, foi feita mais uma promessa de entrega. Porém, o militar não acreditou. "Enviaram-me uma fatura, dizendo que o guarda-roupas já estava vindo para Uberaba. No entanto, na fatura não consta o nome da transportadora. Então, não dá para acreditar. Para mim isso é golpe", declarou.
Os casos de golpes contra o consumidor também são cada vez mais comuns. A internet é o principal meio usado pelos estelionatários, segundo a Polícia Federal. A delegacia está investigando dois sites que comercializam produtos eletrônicos: o 'pontoamarelo' e o 'território da informática'. "Na maioria dos casos, a reclamação diz respeito ao pagamento antecipado e do não recebimento dos produtos", revelou o delegado, Carlos Henrique D’Ângelo.
A Polícia Federal descobriu que as duas lojas virtuais tinham escritórios fixos em Uberaba. Com mandados de busca e apreensão foram recolhidos produtos importados sem notas fiscais e computadores para serem periciados. A suspeita é de que os golpes eram aplicados há cerca de seis meses. "No que se refere ao direito do consumidor, o Ministério Público Estadual está atento e vai tomaras providências. No caso da Polícia Federal, o interesse, a atribuição é a investigação da suposta prática de contrabando e descaminho que possa estar ocorrendo nessas empresas", completou o delegado.
O estudante Fábio Barbosa Filho comprou um notebook pela internet. A mercadoria chegou dentro do prazo. Porém, ele teve uma surpresa desagradável ao abrir a embalagem. "Estranhei, pois achei leve. Quando abri veio o susto, pois vieram apenas o carregador e a bateria do notebook", lembrou.
O estudante pediu ajuda ao Procon, mas a empresa alegou que o produto foi enviado. Agora, ele vai acionar a Justiça. "Pesquisei e percebi que se trata de um problema recorrente, pois aconteceu com outras pessoas", ressaltou.
Segundo a assistente jurídica do Procon, Ana Carolina de Oliveira, em 20 dias, o órgão recebeu quatro reclamações como a de Fábio. Na maioria dos casos, o consumidor acaba lesado porque não consegue provar que a embalagem foi violada. "Fica uma situação difícil comprovar que esse produto não estava lá. É importante que o consumidor abra a embalagem e verifique que todos os itens estão na caixa antes de assinar o recebimento", reforçou a assistente jurídica.





http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/11/compras-pela-internet-geram-problemas-para-consumidores-de-mg.html

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