quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Remédios ficam até 60% mais baratos em sites de farmácias do que nas lojas físicas


O gerente administrativo Marcelo Couto, de 40 anos, sempre usa a internet para economizar na compra de medicamentos. Ele verificou que a diferença de preço é grande quando o valor do item é comparado ao vendido na loja física da mesma rede. Um produto pode ser 60% mais barato, como por exemplo, o descongestionante nasal Neosoro, que custa R$ 2,78 no site da Droga Raia e R$ 6,95, na loja.


— Percebi que os remédios eram mais caros nas farmácias, além de gastar combustível e tempo. Agora, planejo minhas compras e as recebo em casa, com praticidade — destaca Marcelo.

Assim como ele, muitas pessoas identificaram a vantagem nesse tipo de prática: 12% do total das compras online no Brasil são na categoria chamada pela consultoria E-bit de “saúde, beleza e medicamentos”, que só perde em números de clientes para os setores de eletrodomésticos e de moda.


O consultor financeiro Luiz Felizardo Barroso frisa que os consumidores devem aproveitar essa oportunidade, mas recomenda algumas precauções que garantem um efeito ainda menor no bolso:

— Primeiramente, o cliente deve pesquisar para encontrar os melhores preços e condições. É importante saber se a empresa tem frete e o valor dessa cobrança para cada região, além do tempo que a mercadoria vai demorar para ser entregue.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), faz um alerta sobre essa facilidade para os clientes:

— As pessoas só devem consumir medicamentos sob prescrição médica, pois a automedicação é muito perigosa. No caso de remédios, a atenção na compra pela internet deve ser redobrada, buscando sites de lojas conhecidas, pois são mais confiáveis e não comercializam artigos falsificados.

Segundo a especialista, os outros cuidados devem ser os mesmos em compras online em geral: salvar as informações que comprovem a transação comercial e ver se há reclamações contra a empresa em órgãos de defesa do consumidor. Maria Inês lembra que, na entrega, é preciso verificar se a embalagem não apresenta violação e se os produtos estão na validade.

Dicas para pesquisas

Com o objetivo de facilitar a comparação de preços de produtos de saúde, o site Cliquefarma foi criado em 2010 e pesquisa preços de medicamentos em 40 farmácias do país inteiro. O interesse dos internautas no assunto é grande: são três milhões de acessos por mês, e o Rio de Janeiro tem o segundo maior público, atrás apenas de São Paulo. Um dos criadores da página explica a diferença de perfis dos consumidores:

— Há quem compre o remédio para uma situação emergencial, na drogaria mais próxima de casa, pagando mais caro pela rapidez que o momento exige. Por outro lado, há pessoas que precisam de produtos de uso contínuo e se planejam para esse gasto e para aguardar o prazo de entrega da farmácia virtual. Como sabem que vão precisar do artigo sempre, compram a quantidade para os próximos meses e aproveitam preços menores e o frete grátis oferecido pelas empresas.






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